Archive for 26/09/2010 - 03/10/2010

Sem Data

Sem data

As pernas caminham até estação mais próxima de ônibus, enquanto os olhos batem no relógio, o cigarro na mão aceso, e, na cabeça, os pensamentos voam. O caminho vai ficando para trás, as horas correm, o tempo diminui, e, o ônibus não chega. A demora vai se tornando impaciente, uma multidão alvoroçada vai em direção ao ônibus, que para na estação.
-bom dia, ao condutor. Que desde há tempos acordado, já não tem um humor matinal, mas com toda educação e uma tristeza no fundo do olhar, responde:
-boa tarde
O ônibus segue rápido, as pernas se entrelaçam, se apertam a tantas outras pelo caminho, que tarda a chegar.
Enquanto o ônibus para e segue, para e segue, sucessivamente.
Ao fundo, um banco solitário.
Da janela o reflexo das árvores, dos prédios e um outdoor da coca-cola.
No rosto das pessoas, uma marca de sofrimento, outras com um jeito de quem liam Marx Engels Lênin e Galeano e outros que saiam cantando “let me take you down cause i’m going to strawberry fields forever”
Ao olhar para o outro lado um senhor dizia:
- O sol está se pondo, você viu?

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Escuridão


O ato de cozinhar nunca fez parte do meu hobby, até que naquela tarde decidi surpreender minha mãe e preparar um simples bolo de cenoura, peguei aquele caderno de receitas(em sua terceira geração) que fica no fundo da gaveta da cozinha, li todos os ingredientes e parti para o modo de fazer, até que então leio: “bata as claras em neve”. Não quis fazer feio, então fui pedir ajuda a dona Clesia, vizinha de casa, e cozinheira de mão cheia.
Eis que a aventura começa, ela me ensina que para fazer claras em neve, preciso ser muito atenciosa.Então peguei os 4 ovos necessários, quebrei-os em uma superfície firme, obtive a divisão, a partir dela, peguei a parte com a gema e deixei em reserva, para obter o sucesso desejado não deixar rastro da gema, repeti o precesso mais 3 vezes, então despejei as claras em uma vasilha de preferência um prato ou uma cumbuca de batedeira, e as gemas em um outro, para um próximo passo. Descartei o uso da casca, e então cesso minha curiosidade, após juntar as 4 claras, formou um liquído mais espesso, e bata-as o tempo necessário para que fiquem parecendo espuma. Após a espuma, untarei as claras, após o uso da gema, da cenoura, farinha.
A brincadeira até que rendeu, descobri que cozinhar não é assim um bicho- de- sete cabeças, e que a criatividade ali, ajuda muito a você descobrir o mundo culinário e até mesmo as habilidades escondidas, ou suprimidas por um medo, que ganha consistência, em no máximo, nesse caso, 50 minutos.

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